![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL8b-AezbzVbGSugWayqunW2jm-H2JydwX0fzdDRshJ6-VLyfMWgMOwa-AFvY-M0DSwamHOa66ZWjQlhmpdToFsXcU3cB15i4peOWtP3ra6Vx4OvIpe30ACpqu-zFlJ7Hq7CODWDhoUnZg/s400/wordsong.jpg)
dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice
conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
presente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo
dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura alegria
nenhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos
No comments:
Post a Comment