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Vivo.
E esta jaula, belissima, criselefantina em que vivo entedia-me mesmo apesar de a cada momento encontro algo nova nela, algo em que nunca reparei os meus olhos são lentos e semi fechados.
Mesmo apesar de
Enclausurados no dourado, e no branco
De certa forma imprevista
Vêem sombras onde sombras não deviam estar
Estou longe do mundo, longe, longe
Perto, imensamente perto de mim
Cada momento um espelho Cada reflexo insuportável
E tudo se altera
Podias dignar-te a derreter a minha jaula com os teus olhos quentes
Prender-me tu
Matar-me tu
Seres tu o possuidor do meu tempo, tu o relógio, tu as horas, tu o momento
Podias sentir-me passar, vaga e inconsciente de tudo
Senão tu
Hipótese limitada, esquisso de hipótese nunca concretizada
Falta de orçamentos
Sou assim
Egocêntrica por falta de opções
Atenções
E tudo o resto que me falta e não ouso proferir por ser passivel de
Ser considerado rude e mal educado
Mas
A tua ausência está sempre presente em mim
E sendo assim, ridícula, patética
Incapaz de ver a totalidade
Do que está claramente á minha frente
Sofro
e
Morro
Noir Nunc
1 comment:
Nunc et ad aeternum.
*
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