Wednesday, July 18, 2007


A arte respira o artista, da mesma forma que o artista respira a arte. É nisto que penso quando vejo a arte do Sílvio.
De múltiplas formas, exalando gostos ecléticos – tal como a forma de gostar e de sentir de Sílvio Casais, creio. A sua introversão e extroversão, os seus sorrisos, as suas lágrimas, cada partícula do seu ser é transmitida, ampliada e colocada ali, na sua arte. Pedaços da sua alma.
Ser artista exige talento, sempre, mas também um grande nível de coragem. O acto de criação envolve sempre o colocar de algo pré-existente. É dito que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; por mais que não se queira, o homem cria a arte também da mesma forma. Espelhando-se. Colocando toda o seu viver, sentir, amar, doer, toda a sua experiência de toda uma vida numa tela, num vaso, numa fotografia – não importa realmente a base em que é criada, ou com que instrumentos, importa que exista esse ousar, essa coragem, esse amor-ódio pela arte - que tanto fascina, e tanto consome da pessoa que a cria.
É isto que vejo no Sílvio e no que vejo dele, adorando cada parte.

Podia demorar-me em mais palavras. Mas elas dizem sempre tão pouco. As imagens, por oposição, dizem tanto.

Isabel Noir Nunc

2 comments:

Anonymous said...

It is the amusing information

Anonymous said...

Bravo, seems brilliant idea to me is